segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dourados tem bom desempenho no combate à Leishmaniose





SAúDE - DOURADOS  -  - MS
Mato Grosso do Sul, Segunda-Feira, 16 de Agosto de 2010 - 08:30
SAúDE - DOURADOS  -  - MS

O município de Dourados conseguiu êxito no combate à Leishmaniose. No primeiro semestre deste ano nenhum caso em humano foi detectado e em cães foram registrados 22, segundo o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses). Entretanto, apesar dos bons números, preventivas necessárias precisam ser mantidas.
Segundo a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Rosana Alexandre da Silva, no geral “a população está atenta aos sintomas do animal, está ligando para o CCZ, pedindo e informações e o município também tem trabalhado e feito campanhas com freqüência”.

Os dados do Datasus (Banco de dados do Sistema Único de Saúde) demonstram que Mato Grosso do Sul está bem no combate a essa doença. A última pesquisa, realizada em 2005, mostra que a incidência de Leishmaniose era de 5,87 no Estado, enquanto o Acre possuía a taxa de 197,46.

Por outro lado, há estados como o Rio Grande do Sul que conseguiram praticamente zerar o número de ocorrências dessa doença. No RS a incidência foi de apenas 0,09.

“Para melhorar ainda mais o porcentual do Estado é preciso que a população não acumule lixo e folhas em suas residências porque o inseto deposita os ovos nesses ambientes. Sempre manter a casa limpa é necessário para cuidar da saúde própria e da do animal”, explica Rosana.

Conforme a coordenadora do CCZ, quando o animal está doente os principais sintomas que aparecem são emagrecimento, crescimento das unhas, queda de pêlos e feridas que não cicatrizam. “A melhor recomendação é procurar um médico veterinário e seguir as orientações dele”.

CCZ
As pessoas que desconfiarem de algum caso de leishmaniose podem entrar em contato com o CCZ através dos telefones 0800 647 7752 ou 3411-7753. O CCZ coleta o sangue do animal e encaminha para exame laboratorial.

Além disso, o CCZ possui parcerias com as universidades, que fazem uma análise e ajudam a melhorar a saúde dos animais. “Aqui não fazemos nenhum tipo de tratamento, só as clínicas que fazem. Mas a população vem aqui e recebe encaminhamento para o atendimento gratuito, o que é muito importante, principalmente, para a população de baixa renda. O único trabalho que eles vão ter é com o deslocamento e quem gosta do seu animal de verdade cuida”, diz Rosana.

Leishmaniose
A leishmaniose é transmitida aos cães e ao homem pelo mosquito conhecido popularmente como “palha” e, cientificamente, por Lutzomyia longipalpis. Quando os animais são acometidos por essa doença, o Ministério da Saúde orienta que sejam sacrificados.

http://www.agorams.com.br/index.php?ver=ler&id=179474

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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

I Simpósio Paulista de Leishmaniose Visceral Americana (LVA)





I Simpósio Paulista de Leishmaniose Visceral Americana (LVA)

Impasses e Perspectivas

07 de Novembro de 2010 (domingo das 8:00 as 18:00 horas)







Promoção: ANCLIVEPA – SP
Apoio: UNICSUL e CNAGAI
Local: Universidade Cruzeiro do Sul (Campus Liberdade)
Rua Galvão Bueno n º 868 Bloco B 2º andar
Esquina com a rua Tamandaré.


Coordenadores: Prof. Dra. Maria de Lourdes A. Bonadia Reichmann
Prof. Dr. Ricardo Coutinho do Amaral

Publico Alvo: Médicos Veterinários, Médicos, Biólogos Biomédicos e Acadêmicos de ultimo ano do curso de Medicina Veterinária.

Inscrições Valores:

• Sócios da ANCLIVEPA ( quites com 2010) Gratuitos
• Sócios das entidades co-irmãs (SPMV, ABOV, ABRAVAS, ABRV,
    SBDV, SBCV, SMVZN ( quites com 2010)) R$ 50,00
• Não Sócios R$ 100,00

Observação:

Sócios em débito com a ANCLIVEPA-SP deverá inscrever-se como não sócios ou quitar seu débito para obter gratuidade.

Estacionamento: no subsolo (terceirizado)

Inscrições :

ANCLIVEPA – SP : Av. Brigadeiro Faria Lima n º 1616 11º andar
Fones: 3813-6568 / 3815-5520 (Damaris, Denise, Jéssica ou Jennifer)
E-mail: info@anclivepa-sp.org.br
Site: www.anclivepa-sp.org.br


Conteúdo Programático

08:00 as 08:30 horas – Credenciamento. 

08:30 as 9:10 horas

Tema: Situação epidemiológica da Leishmaniose Visceral Americana (LVA) no Brasil e no Estado de São Paulo.

Palestrante: M.V. Luciana Hardt Gomes (Coordenadora do Comitê de LVA do Estado de São Paulo – Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo).

9:15 as 9:55 horas

Tema: Leishmaniose Visceral Americana (LVA). Agente Etiológico – Características e Métodos de Diagnóstico.

Palestrantes: Prof. Dra. Márcia Dalastra Laurenti Docente do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina USP – LIM 50 – Laboratório Especializado em Diagnóstico de Leishmaniose (Parasitológico, Sorológico e Imunoistoquímico).

10:00 as 10:30 Coffee Break

10:30 as 11:10 horas

Tema: Leishmaniose Visceral Americana (LVA) – Vetor, Comportamento e Controle.

Palestrante: Biomédico, Ricardo Ciaravolo ( Superintendência de Controle de Endemias da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo – SUCEN).

11:15 as 11:55 horas

Tema: Tratamento da Leishmaniose em Seres Humanos.

Palestrante: Dr. Jose Ângelo Lauletta Lindoso (Médico – Instituto de Medicina Tropical).

12:00 as 12:40 horas

Tema: Tratamento da Leishmaniose nos Animais (com a visão de Veterinário Clínico).

Palestrante: Prof. Dr. Victor Marcio Ribeiro (Médico Veterinário – Docente da Faculdade de Medicina Veterinária – PUC – Belo Horizonte, Diretor da Clinica Veterinária Santo Agostinho BH – Minas Gerais).

12:40 as 14:00 Almoço

14:00 as 14:40 horas

Tema: Tratamento da Leishmaniose nos Animais (Com a visão da Saúde Pública).

Palestrante: Prof. Dra. Mary Marcondes (Médica Veterinária – Professora Livre Docente – Faculdade de Medicina Veterinária – UNESP – Araçatuba).

14:45 as 15:25 horas

Tema: Utilização de Vacinas, Eutanásia e Controle da Doença.

Palestrante: Prof. Dra. Caris Maroni Nunes (Médica Veterinária – Professora Livre Docente- Faculdade de Medicina Veterinária – UNESP – Araçatuba).

15:30 as 16:00 Coffee Break

16:00 as 16:20 horas

Tema: Utilização de Vacina Recombinante (Leishtec) como meio auxiliar de Prevenção Contra Leishmaniose Visceral Canina.

Palestrante: Mv. Andréa Castro (Laboratório Heriade).

16:20 as 16:40 horas

Tema: Utilização de coleira Impregnada com Deltametrina a 4% (Scalibor) na Prevenção da Leishmaniose Visceral canina.

Palestrante: Mv. Andrei Nascimento (Intervet – Schering Plough ).

16:40 as 17:00 horas

Tema: Uso de Imidacloprida Associada a Permetrina (Advantage Max 3) como Medida Auxiliar na prevenção da Leishmaniose Visceral Canina.

Palestrante: Mv. Marielle Gomes (Bayer Healthcare).

17:15 as 18:30 Mesa Redonda

Mediadora: Prof. Dra. Maria de Lourdes A. Bonadia Reichmann (Instituto
Pasteur – Secretaria de Saúde).

Debatedores: 

Milena Câmara - Medica Veterinária – Vigilância em Saúde/ Secretaria da Saúde – Diadema).
Victor Marcio Ribeiro – Médico Veterinário - Clinico e Docente da Faculdade de Medicina Veterinária - PUC/ BH - Minas Gerais.
Jose Ângelo Lauletta Lindoso – Médico Infectologista.
Manfredo Werkhauser – Médico Veterinário ANCLIVEPA- BR.






terça-feira, 24 de agosto de 2010

Leishmaniose: Fórum abre discussões sobre a matança de animais



Cão com suspeita de calazar é sedado para a coleta de sangue
Estudos acadêmicos realizados por veterinários e pesquisadores em doenças tropicais comprovam que, apesar a matança de milhares de cães a incidência de Leishmaniose Visceral (LV) – popularmente conhecida como calazar – não tem diminuído nos últimos anos. Ou seja, é fato na comunidade científica que o abate de cães como medida de controle de infecção em humanos e cães, não vem surtindo efeito positivo.

O Brasil é o único país no mundo em que o tratamento de LV é proibido. Segundo informações da Organização Panamericana de Saúde, a nação concentra 90% dos casos de LV notificados nas Américas.


A ineficácia do método de controle da LV adotado pelo Ministério da Saúde tem sido motivo de discussão não só entre pesquisadores, mas em toda a sociedade. Segundo o especialista em LV canina, Dr. Victor Marcio Ribeiro, professor da PUC de Minas Gerais, estudos matemáticos confirmam o programa de eliminação de cães domésticos determinados pelo Ministério da Saúde não apresentam resultados favoráveis. “Durante os anos de 1990 a 1994, quase cinco milhões de cães foram examinados e mais de 80.000 eliminados. Nesse período, entretanto, a doença humana aumentou em quase 100%”, declarou Ribeiro, em seu artigo científico “Prevenção da Leishmaniose Visceral Canina no Brasil”.


O pesquisador estará neste sábado, 28, em Palmas, para ministrar palestra sobre o tema. A atividade faz parte do III Fórum de discussão da Leishmaniose Visceral Canina, evento organizado pelos clínicos veterinários de Pequenos Animais do Tocantins, através da Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais. O fórum, que será aberto ao público, acontecerá no auditório do Sebrae - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – das 13h30 às 18h30.


Para Ribeiro, o Manual de controle de LV que dispõe sobre a vigilância e controle da doença é o mais controverso e o menos aceito pela sociedade. Esta será a discussão central do fórum.

Exames


Atualmente são utilizados dois métodos diagnósticos sorológicos, a Imunofluorescência Indireta (RIFI) e o Ensaio Imunoenzimático, também conhecido como Teste ELISA. Ambos se baseiam na busca de anticorpos anti-Leishmania em soro de cães. O Ministério recomenda a triagem com o método ELISA e a confirmação com a RIFI a um título de 1:40. Após o exame, os proprietários precisam aguardar cerca de 60 dias pelo resultado do teste para saber se o animal está infectado e se terá que ser sacrificado, já que com a portaria interministerial nº 1426 editada em julho de 2008, é proibido o tratamento da doença com produtos de uso humano. “A sensibilidade desse exame é muito alta e ele só indica a quantidade de anti-corpos que o animal tem para doenças crônicas, entre elas, a LV. Portanto, não é seguro”, explica a veterinária Lucilândia Bezerra, da clínica Arca dos Bichos, autora do trabalho de mestrado “ Enzootia de Leishmaniose Viceral em Áreas Urbanas”, pelo Instituto Evandro Chagas.


No entanto, o médico veterinário do Centro de Controle de Zoonoses - CCZ, Wolney Aires Pedreira, argumenta que o exame é sim, confiável. “As pessoas geralmente questionam muito, por não querer acreditar no resultado que deu positivo”, disse ao O GIRASSOL.


Em Palmas, de janeiro a julho, 1902 animais foram recolhidos para o recolhimento de amostras para a realização do exame para a identificação da doença, conforme informações do CCZ. Destes, 534 foram considerados soropositivos e dos recolhidos, 855 foram sacrificados. “Somente os animais que representam risco a saúde pública são mortos. Muitos destes recolhidos já estavam em fase terminal”, explica Pedreira.


Lucilândia defende o tratamento da doença, e condena a atuação e a postura dos agentes de saúde que obrigam os cidadãos a matarem seus cães, não permitindo que os animais sejam tratados conforme orientação da Organização Panamericana de Saúde. Segundo ela, na Capital, é rotina as pessoas terem seus animais sacrificados mesmo com a indecisão dos exames, uma vez que o CCZ segue as recomendações do Ministério da Saúde.


Apesar de realizar o sacrifício dos animais soropositivos, Wolney não concorda com a matança dos cães. “Infelizmente é uma determinação do Ministério Público, mas acredito que devemos controlar a população de animais, através da castração, para diminuir os índices da doença”, declarou.


A dona-de-casa Jandira Angeline vive o terror de a qualquer dia ter seus dois cães sacrificados. “Percebi que meus cães estavam apresentando inchaço nas glândulas e os levei para fazer o teste no CCZ, que deu positivo. Só que fiz o contra-teste com outro veterinário e descobri que era meus animais estavam com a “doença do carrapato”. Fiz o tratamento e hoje eles estão sadios, mas os agentes do CCZ não saem da minha porta me ameaçando levar para o Ministério Público caso eu não entregue meus animais para o sacrifício”, desabafa Jandira, que já teve um cão sacrificado por conta do calazar.

Ambiente


Realizado em Palmas, o estudo mostrou que concentrar esforços no sacrifício de animais é uma forma errônea de combater a doença. “ O foco não é o cão, ele também é uma vítima. Nós precisamos combater a proliferação do vetor da mesma forma como fazemos com o caso da dengue”, explica. Ela relata que o acúmulo de lixo orgânico e as péssimas condições de saneamento básico aliado à falta de educação ambiental são a causa do problema. “Isso ficou claro no meu estudo. Comparei duas regiões de Palmas, a 1 203 Sul e a Aureny III. Na Aureny os cães andavam soltos no lixo jogados pela população, e houve incidência de LV. Já na 1 203 Sul os animais viviam em ambiente limpo, em casa e com o cuidado dos proprietários e mesmo com cães assintomáticos, não houve um caso de LV em humanos”, detalha Lucilândia. De acordo com a veterinária, ficou constatado, assim como em outros estudos, que o meio ambiente influencia na incidência da doença, e que portanto, a educação ambiental deve ser a bandeira dos órgãos públicos quando se trata de prevenção da LV.


Tratamento


“Nós não queremos matar nossos pacientes, sabendo que existe tratamento”. Com esta frase, Lucilândia demonstra a insatisfação de ter que cumprir a determinação do Governo Federal.


A veterinária diz viver em um dilema. “Enquanto nós não tivermos a liberdade para tratar o animal, nunca saberemos a eficácia desse método”, completa.


Já existe no mercado uma vacina contra a Leishmaniose Visceral Canina, a Leishmune, do laboratório Fort Dodge Saúde Animal, registrada no Ministrério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) desde 2003. Além desta vacina, existe uma outra do laboratório Hertape, em que, após vacinação, o animal continua negativo no exame de RIFI, diferente da vacina Fort Dodge. A vacina confere proteção superior a 92% e já protegeu mais de 70.000 cães vacinados em todo o Brasil. É importante ressaltar que os animais vacinados apresentam resultados negativos nos kits ELISA atualmente licenciados pelo MAPA (Kit Biogene e Kit Bio-Manguinhos).


Fonte: O Girassol

Projeto visa combater a Leishmaniose

Campo Grande recebe Circuito Estrada Fora-Caravana Intervet/Schering-Plough

Projeto visa combater a Leishmaniose Visceral e acontece nos dias 23, 24 e 25 em Campo Grande.
Com o sucesso do projeto cultural itinerante Circuito Estrada fora – Caravana Intervet/Schering-Plough, realizado em seis cidades brasileiras no primeiro semestre, a empresa dará continuidade a ação e amplia suas apresentações.

Campo Grande receberá novamente o projeto por ser uma área endêmica, com casos crescentes de Leishmaniose tanto em cães quanto em humanos.
De 23 a 25 de agosto, a carreta-teatro ficará sediada na Praça do Rádio Clube e oferecerá uma sessão de teatro sobre o tema no dia 23 e quatro sessões nos dias 24 e 25, gratuitamente para crianças com idade entre 6 e 14 anos.

Especialmente desenvolvida para estimular a imaginação dos pequenos, a peça teatral “O Fim da Picada” é apresentada de forma lúdica, por meio de bonecos e alerta sobre os perigos da Leishmaniose.

O Gerente de Produtos da Intervet/Schering-Plough Animal Health, Marco Antonio de Castro, explica que o sucesso da primeira caravana motivou a empresa a continuar a investir no projeto, promovendo atividades de conscientização por meio do lazer, educação e acesso à cultura. “Ainda há muita carência de informação sobre a Leishmaniose Visceral nas diversas cidades brasileiras, até mesmo em Campo Grande, uma área endêmica. Por isso, queremos ensinar, por meio de ações culturais, como se prevenir contra ela” explica.

Após Campo Grande, a carreta-teatro passará por Goiânia/GO, Brasília/DF, Bauru/SP, Belo Horizonte/MG e Salvador/BA. No período de circulação da carreta nas seis cidades brasileiras, em torno de 8 mil pessoas participarão das 54 sessões. Ao final de cada atividade, as crianças levarão para casa um material explicativo sobre a Leishmaniose e as formas de prevenção.
Anote na Agenda!
Campo Grande/SP
De 23 a 25 de agosto
Local: Praça Rádio Clube
End: Av. Afonso Penna, s/n (concha acústica)
Horários das sessões:
Dia 23 de agosto: 16h
Dias 24 e 25: 8h, 10h, 14h e 16h.


Fonte: INTERVET

sábado, 21 de agosto de 2010

Leishmaniose - O quê você precisa saber

 
O cão é o portador mais bem estudado e por isso é considerado o principal reservatório doméstico, servindo como fonte de infecção para o inseto vetor. Porém outros animais como gatos, raposas, gambás, roedores, também são reservatórios da doença.
Prof. Dr. André Luis Soares da Fonseca


Mesmo assim... MATAM O CÃO.

A Organização Mundial de Saúde não recomenda a eutanásia como método de controle da LVC. Porém, o Ministério da Saúde não aceita o tratamento e nem reconhece ou recomenda a vacina, a despeito de países de 1º mundo, como Espanha, França, Itália e Alemanha tratarem seus animais regularmente.
Prof. Dr. André Luis Soares da Fonseca



O BRASIL É O ÚNICO PAÍS DO MUNDO QUE MATA ANIMAIS COM LEISHMANIOSE
Saiba mais, clique aqui

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

VII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA



ANCLIVEPA-MG
O QUE ELES DEVIAM FAZER”?
“O QUE NÓS PODEMOS FAZER”?
25 e 26 de setembro de 2010

LOCAL: AUDITÓRIO DA EMATER MG
ENDEREÇO: RAJA GABAGLIA, 1626 - LUXEMBURGO - BH
VAGAS LIMITADAS 
TEMAS PRINCIPAIS

“Leishmaniose Visceral no Brasil e no Mundo –
 Diagnostico, tratamento e controle”
                        “Patogenia da Leishmaniose Visceral Canina”
                        “ Leishmaniose Visceral Felina –
  Clinica, diagnóstico, importância epidemiológica
                       “Guia de tratamento da Leishmaniose Visceral Canina”
                       “Guia de prevenção da Leishmaniose Visceral Canina”
                       “Controle de flebótomos em comunidades”
                       “Reflexões sobre o controle da Leishmaniose Visceral no Brasil”
                       “Questões Jurídicas da Leishmaniose Visceral no Brasil
Entre outros

CONVIDADOS PALESTRANTES NACIONAIS – BRASIL

Md Carlos Henrique Nery Costa (ESCOLA de MEDICINA UFPI)
M.V.Ricardo Gazinelli (ICB -Univ Federal de MG)
M.V. Sydnei Magno da Silva (ICB - Univ Federal de MG)
M.V. Vítor Márcio Ribeiro ( ANCLIVEPA MG e PUC MG – Betim)
M.V. e  Adv. André Luís Soares da Fonseca (Univ Fed do Mato Grosso do Sul)
Adv Sérgio Cruz (Advogado Anclivepa Brasil e Anclivepa MG)

CONVIDADO PALESTRANTE INTERNACIONAL

M.V. Dr.Gaetano Oliva
Dipartimento di Scienze Cliniche Veterinarie Universita di Napoli Federico II, Napoli Italy


PROGRAMA
DIA 25/09 

09:00 - ABERTURA
Composição da Mesa – Dr. João Carlos Toledo Júnior

09:30 ÀS 11:00 
“Leishmaniose Visceral no Brasil e no Mundo – Diagnostico, tratamento e controle” - Dr. Carlos Henrique Nery Costa (ESCOLA MEDICINA UFPI)

11:00 ÀS 11:15 - intervalo

11:15 – 12:15
“Patogenia da Leishmaniose Visceral Canina” – Palestrante a confirmar

12:15 ÀS 14:15 – ALMOÇO 

14:15 ÀS 15:15 
“Leishmaniose Visceral Felina – Clínica, diagnóstico, importância epidemiológica - Dr. Sydnei Magno da Silva (ICB-UFMG)

15:15 ÀS 15:45 - intervalo 

15:45 ÀS 17:15
“Guia de tratamento da Leishmaniose Visceral Canina” - Dr. Gaetano Oliva (Universidade de Nápoles/Itália) a confirmar

17:15 ÀS 19:00 
Mesa Redonda – Dr. Carlos Henrique Nery Costa, Dr. Ricardo Gazinelli, Dr. Sydnei Magno da Silva, Dr. Gaetano Oliva

19:00 
Teatro Popular – Leishmaniose Visceral – Educação é a solução 

DIA 26/09 

09:00 ÀS 10:30
“Guia de prevenção da Leishmaniose Visceral Canina” - Dr. Gaetano Oliva (Universidade de Nápoles/Itália) a confirmar

10:30 ÀS 10:45 - intervalo

10:45 ÀS 12:00
“Controle de flebótomos em comunidades” - Dr. Gustavo (ver com o Vitor o nome completo dele antes) (BD Clean)

12:00 ÀS 13:30 - ALMOÇO

13:30 ÀS 15:00
“Reflexões sobre o controle da Leishmaniose Visceral no Brasil” - Dr. Vitor Márcio Ribeiro (EV PUC MINAS Betim)

15:00 ÀS 15:30 – INTERVALO

15:30 – 17:00
  • “Questões Jurídicas da Leishmaniose Visceral Canina no Brasil – Orientações aos Médicos Veterinários” - Dr. Sérgio Cruz (Assessor Jurídico ANCLIVEPA BRASIL), Dr. Fábio Andreasi (Assessor Jurídico Abrigo dos Bichos – Mato Grosso do Sul)
  • “O Ministério Público e a Leishmaniose Visceral. “ - Dra. Giovanna Cruz (Promotoria de Saúde de Belo Horizonte)
17:00 ÀS 18:30 MESA REDONDA
Dr. Gaetano Oliva, Dr. Gustavo, Dr. Vitor Márcio Ribeiro, Dr. Sérgio Cruz, Dr. Fábio Andreasi, Dra. Giovanna Cruz


ENCERRAMENTO!
Leitura da Moção da posição Oficial da ANCLIVEPA BRASIL.



VALORES
Sócios  quites com a  anuidade 2010 até o dia 24/09 - 50,00 no dia do evento: R$ 60,00



  • NÃO SÓCIO R$150,00, SE FOR FICAR SÓCIO



  • R$ 125,00 ATÉ O DIA  24/09



  • NO DIA DO EVENTO R$135,00
INSCRIÇÕES PELO TELEFONE: (31)3297- 2282
OU NO ENDEREÇO: AV. RAJA GABAGLIA, 3601 / 106 BELO HORIZONTE
                                                
(inscrições no local somente se houver vagas disponíveis)
VAGAS LIMITADAS

Decisão do STJ proíbe eutanásia de cachorros com leishmaniose em Campo Grande






O Abrigo dos Bichos conseguiu mais uma vez uma liminar no Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibindo a eutanásia de animais caninos que estiverem com suspeita de leishmaniose na Capital.
A ONG já havia conseguido a liminar do STJ em outubro de 2008, mas o Centro de Controle de Zoonosesa (CCZ) através da Secretaria de Saúde Municipal de Saúde Pública (Sesau) havia recorrido na decisão e o juiz da 1ª vara Federal de Campo Grande derrubou a liminar que proibia a eutanásia.

Com a decisão judicial expedida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a população que tiver cachorros com suspeita de estarem contaminados com a doença pode optar por fazer o tratamento no animal.

No entanto em nota oficial o Sesau e o CCZ, afirmam que obedecem à decisão de maio de 2010 do TRF da 3ª Região, que informa a permissão de realizar eutanásia em animais da espécie canina portadores da leishmaniose visceral canina (LVC), mediante a comprovação dos exames ELISA e RIFI conjuntamente e com autorização do proprietário do cão.

Mas a presidente do Abrigo dos Bichos Maria Lucia Metello, contesta a ação que estava sendo realizada pelo CCZ, porque os moradores estariam sendo levados a acreditar que o sacrifício do animal seria a melhor e única forma de controlar a doença.

“Não se resolve [sacrificando] porque não existe comprovação cientifica que a eutanásia vai ajudar a controlar a leishmaniose”, ressalta Maria Lucia.

Redação MS Record

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tutor é obrigado a entregar seus cães para sacrifício em Santo Ângelo-RS

Justiça determina eutanásia de cães com leishmaniose
  Dono se negava a entregar dois pitbulls doentes para a Vigilância Sanitária
                Silvana de Castro | silvana.castro@zerohora.com.br



Por meio de uma liminar, dois cães com leishmaniose foram sacrificados em Santo Ângelo, nas Missões.

Atendendo a um pedido do Ministério Público, a Justiça determinou a busca e apreensão dos bichos e a eutanásia, para impedir a disseminação da doença. De acordo com a promotora Paula Regina Mohr, a ação foi necessária porque o proprietário dos animais se negava a entregá-los para a Vigilância Sanitária, mesmo após a confirmação da doença, feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública, ligado à Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps).

Os pitbulls teriam contraído a leishmaniose em São Borja, cidade que passou a registrar casos no ano passado. Na tarde de ontem (terça), a liminar foi cumprida e os cães mortos com uma injeção letal, depois de serem anestesiados.

A leishmaniose é uma doença crônica que atinge principalmente cães e é transmissível ao homem, podendo ser fatal se não tratada. A transmissão ocorre por meio da picada do inseto flebótomo, conhecido como mosquito palha ou birigui. Segundo a promotora, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determina que cães com a doença devem ser sacrificados de forma não cruel.

Conforme o médico veterinário da Vigilância Sanitária do município, Júlio Cesar Terra Dias Junior, o inseto transmissor não foi encontrado na cidade. Mesmo assim, será coletado sangue para análise de 100 cachorros das imediações da casa onde estavam os dois bichos doentes.

No ano passado, seis animais foram sacrificados no município. Houve o registro da enfermidade em humanos - em uma criança de sete anos que residia próximo ao local onde estava um dos cães contaminados.


3º FÓRUM DE DISCUSSÃO DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA - TO

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS CLINICOS VETERINÁRIOS DE
PEQUENOS ANIMAIS DO ESTADO DO TOCANTINS – ANCLIVEPA – TO
Av. Teotônio segurado – Q-602-sul – Conj. 01 - Lt-06- Palmas-TO

CRONOGRAMA DO III FORUM DE DISCUSSÃO DA LEISHMANIOSE
DATA: 28 DE AGOSTO DE 2010  



HORARIO
HISTORICO
PALESTRANTE (S)
PATROCINADOR
13H30

Abertura  - participação de autoridades relacionadas a Medicina Veterinária
Anclivepa (presidente)
ANCLIVEPA-TO
14:00 h
16:00 h

Palestra – Leishmaniose Visceral Canina – diagnostico e controle em áreas urbanas

 Prof. Dr. Vitor Marcio Ribeiro – PUC - MG

ANCLIVEPA-TO
16:00
16h30 h
Apresentação do patrocinador

Técnico da empresa
patrocinadora

16h30
17h00
Palestra –Diagnostico Molecular para LVC

Prof. Dr. Valdesse Pirajé Jr
ANCLIVEPA-TO
17h00
17h30
Palestra –LV em Seres Humanos – realidade em Palmas?

Prof. Dra. Myrlena Regina - UFT

ANCLIVEPA-TO
17h30 
18h30
Mesa Redonda – diagnóstico, controle e tratamento da LVC – como lidar com nossos clientes em uma região endêmica.
Prof. Dr. Valdesse _ UFT
Prof. Dr. Vitor Marcio – PUC, Prof. Myrlena Regina - UFT


ANCLIVEPA -TO

18h40

Coquetel de confraternização pelo dia do Medico Veterinário

--



Iniciativa: ANCLIVEPA-TO



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

CAMPINAS - Especialistas condenam a eutanásia como medida de combate a Leishmaniose

Desde Novembro de 2009 a cidade de Campinas vem investigando casos de Leishmaniose Visceral canina (LVC).

Com a descoberta do primeiro caso os representantes da Saúde optaram por fazer uma rigoroso inquérito epidemiológico na região, realizando exames parasitológicos de contra prova nos cães cujo primeiro resultado diagnóstico acusou resultado positivo e depois o exame de PCR para confirmar, no caso um condomínio na bairro de Sousas, coletaram material sorológico de 458 cães, e também um minucioso trabalho para captura do Flebótomo (também conhecido mosquito Palha ou Birigui), o transmissor da doença.

Um trabalho muito importante de conscientização da população, limpeza nas casas (ao contrário do pernilongos que gosta de água, o Flebótomo bota ovos em solo fértil e matéria orgânica), e todos os cães do condomínio foram encoleirados com a coleira impregnada com Deltametrina a 4%.

No Brasil, o cão doméstico tem sido incriminado como o principal reservatório da LVC ( acredita-se que o mosquito deposita o protozoário no cão que desenvolve a infecção, depois o mosquito ao picar o cão contamina-se e transmite a LVC aos seres humanos), sendo o Flebótomo o vetor. 

Apesar de poder ser fatal a humanos e animais,  LVC no Brasil é uma doença negligênciada e pouco estudada. Estudos comprovam que raposas, gatos, ratos e até morcegos também são infectados com a doença, porém o Ministério da Saúde preconiza a matança indiscriminada de cães como forma de controle da doença.

Este procedimento cruel de matança vem sendo utilizado no Brasil desde 1963, quando Decreto Nº 51.838 entrou em vigor, mesmo assim, com números que chegam aos milhares de animais mortos anualmente, o índice de casos humanos só tem aumentado.

Segundo estudos científicos e até mesmo uma Revisão Sistemática da OMS não há comprovação de que os cães infectados sejam os depositários dos vetores para a transmissão da doença.

Mesmo assim o Ministério da Saúde insiste em dar continuidade à OPERAÇÃO MATA CACHORRO

"Na questão das leishmanioses, o maior perigo não são os cães, mas técnicos despreparados e parciais, que não tem competência técnica ou ética para discutir em profundidade artigos científicos e se escondem sob “ordens superiores”. O maior problema, volto a salientar, não são as pessoas que não sabem ou não entendem de leishmaniose, mas aquelas que, por terem um título qualquer relacionado ACHAM que entendem de leishmaniose e transformam o combate desta doença em piada de mal gosto e com os resultados medíocres que visualizamos hoje.

Este fato mostra o quanto a Medicina Veterinária brasileira atual está sendo usada ingenuamente por representantes do governo que não tem a mínima noção de leishmanioses e adotam práticas, como a eutanásia de cães, que NÃO SÃO RECONHECIDAS NEM RECOMENDADAS PELA OMS, simplesmente por não terem comprovação científica nem eficácia reconhecida (e não coisa de protetores de animais, enlouquecidos ou irracionais, como o governo gostar de fazer crer)."
André Luis Soares da Fonseca

 Embora os Representantes da Saúde de Campinas tenham feito um trabalho exemplar, sem precedentes segundo o Dr André Luis. Embora tenham concordado com a explanação do mesmo, em relação à necessidade urgente da implantação de alternativas para impedir o avanço da doença, como o controle de vetores e principalmente quanto ao questionamento em relação à matança de animais como forma de controle da doença, os mesmo afirmaram que em caso de endêmia (transmissão para cães e humanos) seguirão o que é preconizado no Manual do Ministério da Saúde, ou seja, a matança dos animais.


 Leia a matéria abaixo

Audiência Pública em Campinas


  Em reunião na tarde desta terça-feira (10/08) na Câmara Municipal de Campinas, especialistas e defensores dos animais criticaram as políticas públicas de combate à Leishmaniose, onde a eutanásia de cães infectados acontece após o exame de sorologia. Na cidade são 4 casos positivos da doença em cães, e nenhum caso em humanos. A Leishmaniose está presente em 21 estados brasileiros e nos últimos anos foi registrada uma média anual de 3.357 casos humanos e 236 óbitos. No Estado de São Paulo, está presente em vários municípios.

O imunologista especializado em Leishmaniose da Universidade de São Paulo (USP), André Luis S. da Fonseca, criticou a política do Ministério da Saúde que preconiza a eutanásia em cães para evitar que a doença seja transmitida aos seres humanos. “Cidades como Andradina e Araçatuba sacrificaram centenas de animais e nem por isso a escala da doença diminuiu”, ponderou. Fonseca defende a liberação da vacina para o tratamento de cães, além de uma política de controle por parte dos municípios, da população canina das cidades. “A coleira que é utilizada hoje não é suficiente para controlar a doença, pois ela não é um tratamento, apenas inibe o mosquito”, lembrou.

A eutanásia é indicada porque não há cura para os cães, que se tornam reservatório do parasita causador da doença. A transmissão aos humanos se dá quando a mosca pica um cão infectado e depois o homem. A leishmaniose tem tratamento em humanos, mas pode ficar incubada até por anos e surgir se a pessoa tiver uma queda da imunidade. De maneira geral, fica incubada por quatro a seis semanas. Os sintomas iniciais são inespecíficos: começam com febre e mal-estar e podem evoluir para comprometimento de órgãos como baço e fígado.



Técnicos da Coordenadoria e Vigilância em Saúde (Covisa) e do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) falaram das medidas que têm sido tomadas para evitar a propagação da doença, que hoje está controlada em Campinas. O CCZ promove a capacitação de veterinários, em parceria com o Conselho de Medicina Veterinária, para a identificação dos casos e notificação compulsória às autoridades de saúde, além de técnicos da Covisa que realizam visitas nas áreas onde foram detectados focos da doenças.
O coordenador do CCZ, Douglas Presotto afirmou que a doença é complexa e o controle vetorial é um desafio. “O tratamento em cães é inviável, muito caro. Por isso, os próprios donos entregam os animais para a eutanásia”, comenta o veterinário.

 A Leishmaniose é transmitida por uma mosca da espécie Lutzomyia, popularmente conhecida como mosquito-palha. Existem dois tipos de leishmaniose, a Tegumentar, que atinge a pele e acarreta menos riscos e a Visceral, considerada um grave problema de saúde pública, e é doença de notificação compulsória.

Em Campinas, o primeiro foco com caso autóctone da doença foi registrado em novembro passado. Após esta ocorrência, houve registro de um outro foco na Vila Costa e Silva, onde não pode ser confirmada autoctonia porque o caso referia-se a um cão errante de origem desconhecida. Casos autóctones também foram verificados em um condomínio de Sousas.

Frente a esta situação epidemiológica, Campinas entrou para o grupo de cidades com transmissão canina – com casos autóctones e importados - sem transmissão humana.
O presidente da subcomissão que realizou o debate, vereador Francisco Sellin (PDT) avaliou o encontro de forma positiva, apesar dos contrapontos de vários segmentos. “Acreditamos que o mais importante é a informação que é levada á população em debates como este com esclarecimentos sobre a doença”, enfatizou.

Fotos: A.C. Oliveira/CMC