quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CCZ de Campinas inicia distribuição de coleiras contra leishmaniose



Cães do condomínio Colinas do Ermitage, em Sousas, serão encoleirados gratuitamente

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da COVISA (Coordenadoria de Vigilância em Saúde), CCZ (Centro de Controle de Zoonoses), VISA (Vigilância em Saúde) Leste e Centros de Saúde de Sousas e Joaquim Egídio iniciam, no dia 01 de setembro, o encoleiramento contra a leishmaniose na população canina do Condomínio Colinas do Ermitage, em Sousas. Aproximadamente 230 cães dos 184 imóveis do condomínio receberão gratuitamente a coleira impregnada com deltametrina a 4%, principio ativo repelente e inseticida recomendado pela Organização Mundial da Saúde como umas das ferramentas de controle da doença. 


Segundo o responsável pelo CCZ de Campinas, Dr Douglas Presotto, 50 agentes de saúde foram treinados e capacitados por profissionais da SMS e também da MSD Saúde Animal, empresa fabricante da coleira Scalibor®, para fazerem o encoleiramento. “O projeto será feito por 2 anos, com troca da coleira a cada 4 meses. Para termos o controle dos cães, do dia 01 a 03 de setembro, os agentes de saúde farão uma ficha cadastral de cada animal do condomínio, Médicos Veterinários da SMS coletarão amostras de sangue para exame sorológico e farão a microchipagem”, explica. 


Em novembro de 2009, Sousas registrou o primeiro caso autóctone (contraído no município) de leishmaniose visceral canina. Apenas no condomínio, em 2009 tiveram 4 casos autóctones; em 2010 foram 10 casos e em 2011 já tem um caso notificado.  Apesar dos casos caninos em Campinas, ainda não há registro da doença em humanos. “Desde 2009, o CCZ recomenda o uso da coleira. O problema é que uma parte dos proprietários comprou o produto, mas não fazia a troca periódica. Com isso, resolvemos assumir o encoleiramento dos cães”, enfatiza Presotto. 


A leishmaniose é transmitida, principalmente, através da picada de um inseto conhecido popularmente como “mosquito palha”. O cão tem um importante papel na manutenção da doença no ambiente urbano visto que pode permanecer sem sintomas mesmo estando doente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a leishmaniose visceral registra anualmente 500 mil novos casos humanos no mundo com 59 mil óbitos. Quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% das ocorrências. Na América Latina, ela já foi detectada em 12 países e, destes, cerca de 90%dos casos acontecem no Brasil, onde, em média, 3.800 pessoas são infectadas anualmente. 


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

MATAR NÃO RESOLVE! Bauru registra três novos casos de leishmaniose em 2011


Um homem de 72 anos e duas meninas, uma de 2 anos e outra de 6 anos são as vítimas


  A Secretaria Municipal de Saúde informou nesta segunda-feira (5), a confirmação de mais três casos de leishmaniose em Bauru. Assim, o município totaliza 19 casos da doença em 2011, com dois óbitos.  

Os três novos casos referem-se a um homem de 72 anos, morador do parque Santa Terezinha e duas meninas, uma de 2 anos e outra de 6 anos, ambas moradoras da vila Pousada da Esperança. Todos estão sendo tratados pela equipe do Hospital Estadual de Bauru.

A leishmaniose é transmitida por vetores da espécie Lutzomia longipalpis; mosquitos de tamanho diminuto e de cor clara, conhecidos comumente como mosquitos “palha”, que vivem em ambientes escuros, úmidos e com acúmulo de lixo orgânico (ex: galinheiros).

Pessoas e outros animais infectados são considerados reservatórios da doença, uma vez que o mosquito, ao sugar o sangue destes, pode transmití-lo a outros indivíduos ao picá-los. Em região rural e de mata, os roedores e raposas são os principais; no ambiente urbano, os cães fazem esse papel.
Os animais infectados pelo mosquito palha apresentam como principais sintomas, o emagrecimento, crescimento das unhas e queda dos pelos.

Febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e palidez são alguns dos sintomas apresentados pelos humanos, quando infectados. O período de incubação é muito variável: entre dez dias e dois anos.

Assim, a manutenção da limpeza nos quintais, o acondicionamento correto do lixo orgânico (restos de comida, cascas de frutas, verduras e outros) são medidas preventivas contra a doença que devem ser tomadas pelos responsáveis  pelos imóveis com edificações ou não no município.

Fonte: Rede Bom Dia